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Business Intelligence (BI) é um caminho para tomar decisões. Para ilustrar sua importância, vou contar uma história curtinha.
Uma vez, há alguns anos atrás, fui visitar um grande cliente, da área de alimentos, pois faríamos uma ação em conjunto com outra grande empresa do setor. Esse cliente nos mostrou sua cozinha experimental e nos disse que as decisões de novos produtos saíam dali.
Os novos produtos, experimentais, eram submetidos então para testes mercadológicos. Naquela época, ainda não tínhamos a quantidade de dados que temos hoje, e as respostas aos testes eram feitas praticamente de forma manual. Mesmo assim, a compilação daqueles dados ajudava na tomada de decisões da empresa. Hoje em dia, com o Big Data, a situação é bem diferente.
Vamos nos aprofundar no assunto nesse artigo, sobre Business Intelligence e sua importância.
Entendendo melhor o que é Business Intelligence
Como falamos, o Business Intelligence (Inteligência de Negócios) está ligado à tomada de decisões, com a utilização de dados, com o objetivo de entender se os investimentos estão trazendo resultados. Assim, BI utiliza ferramentas e softwares, dentro de um conjunto de processos, para que sejam entregues as melhores informações para a tomada de decisão.
É importante também entender que, ao contrário do Marketing Analytics, o BI engloba todos os setores da empresa, desde o financeiro, passando pelo operacional, marketing e comercial.
Dentro do BI temos, basicamente, três pilares, que seguem geralmente o passo a passo do caminho dos dados: coleta de dados; organização e análise; ação e monitoramento.
Assim, os dados são coletados, organizados em banco de dados e apresentados de forma visual para facilitar a análise e tomada de decisão onde, posteriormente, são utilizados na prática, sendo monitorados e aperfeiçoados.
Como se pode ver, são processos de análise e melhoria constantes, cujo objetivo é auxiliar na interpretação de dados, para identificação de vantagens para o negócio.
Por que o BI é tão importante?
O BI auxilia a estruturar o planejamento estratégico e melhorias no negócio, ajudando a construir soluções aos clientes. Dessa forma, as empresas podem se manter competitivas frente aos concorrentes, destacando-se no mercado.
A aplicação do BI permite uma gestão mais eficiente das informações, com uma melhor identificação e aplicação das métricas e KPIs (indicadores-chave de desempenho) do negócio. Além disso, a boa utilização do Business Intelligence permite otimizar processos que podem fazer toda a diferença, como em qualidade de produtos (como citei no exemplo acima), vendas e manutenção de clientes.
Outros pontos importantes estão ligados à identificação de falhas e novas oportunidades. O ajuste fino na estrutura organizacional da empresa e de seus processos está ligada a melhoria de performance. Da mesma forma, o BI permite a identificação de novas oportunidades frente ao mercado.
O Big Data e o Business Intelligence
Existe relação direta entre o Big Data e o Business Intelligence. Embora estejamos falando em dados nos dois casos, os conceitos são complementares, mas não iguais.
A enorme quantidade de dados que a tecnologia atual permite coletar é analisada por especialistas de dados, os profissionais de data science, que procuram correlações nas informações para trazer benefícios às empresas. Esse é o Big Data, que pode ter como origem sites, blogs, redes sociais, aplicativos, ferramentas e outros tipos de geradores de dados.
No BI, temos um passo adiante ao Big Data. Os dados que são estruturados transformam-se em compreensão e orientação às tomadas de decisão. Essas informações, assim, já possuem sentido e relações entre si, permitindo que a empresa tenha orientação e monte estratégias para aumentar sua eficiência e competitividade.
Como aplicar o Business Intelligence
Para aplicar o BI de forma funcional e assertiva, existem três pontos principais: qualidade de dados; objetivos claros; ajustes e melhorias.
Se no ponto de partida não houver uma coleta de informações de qualidade, o processo todo pode estar contaminado. Ou seja, sem dados de qualidade, a tomada de decisão será afetada na outra ponta. As informações devem ter fácil interpretação, com uma infraestrutura de qualidade, com regras de acesso e segurança. Aqui será exigido uma boa governança de dados.
Por outro lado, é necessário que a empresa tenha objetivos claros definidos. Saber as metas do negócio, pontos fracos e pontos fortes, fará com que a coleta e análise de dados seja muito mais objetiva. Os resultados serão muito mais rápidos, pois sua implantação e análise será feita de forma mais objetiva.
Assim, partimos para o terceiro ponto, os ajustes e melhorias. Se a empresa aplicou os dois primeiros de forma eficiente, poderá ajustar e melhorar seus processos, identificando melhor os gargalos e tornando-se mais competitiva.
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Marcel Castilho é especialista em marketing digital, neuromarketing, neurociência, mindfulness e psicologia positiva. Além de publicitário, também é Master em Programação Neurolinguística. É fundador e proprietário da Vero Comunicação e também da agência digital Vero Contents.