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Storytelling é uma arte. Mas storytelling também é uma ferramenta. Existem muitas definições sobre o assunto, mas todas elas tem em comum que o termo está ligado a contar histórias.
Afinal de contas, o cinema, por exemplo, é uma arte. E o storytelling está ali, mais do que presente. Você já ouviu falar, por exemplo, da famosa fórmula de storytelling da Pixar? Veja só:
Era uma vez…
Todos os dias…
Um certo dia…
Por causa disso…
Por causa disso…
Até que finalmente…
É uma estrutura muito bem pensada e utilizada à exaustão. Mas extremamente eficiente. Então, que tal explorarmos mais sobre o assunto nesse artigo? Confira!
O que é storytelling
Do inglês story (história) e telling (contar), podemos definir storytelling como a habilidade de contar histórias de forma a envolver a audiência, captando sua atenção pelos sentidos e emoções.
Utilizando imagens, palavras ou sons, o storytelling tem sido uma estratégia muito utilizada em campanhas de marketing altamente bem sucedidas. Isso tudo porque o ser humano é um contador de histórias nato. Todos nós somos capazes de contar histórias (e as contamos), mas no storytelling tudo isso é feito de forma brilhante e extremamente cativante.
Para contar uma boa história, o storytelling utiliza personagens, ambientes e mensagens marcantes, com começo, meio e fim, para transmitir uma mensagem que fique guardada na mente da audiência.
Como mostramos acima na fórmula de storytelling da Pixar, existe ali uma estrutura bem definida, onde o roteiro se mostra capaz de prender a atenção da audiência.
Porque o storytelling é tão importante
Quando uma história única é contada, essa técnica (ou ferramenta, ou arte) é capaz de mexer com a imaginação do público, gerando identificação e gravando a narrativa na memória do espectador.
A história, quando bem contada, desperta a emoção e faz com que a audiência se engaje, mantém o foco e a atenção. No marketing de conteúdo, uma boa narrativa pode fazer a diferença entre reter ou perder a audiência.
Além disso, contar bem uma história estreita a relação entre as partes. No caso do marketing, a marca e o seu consumidor. E mais, permite compartilhar ideias e conhecimentos por meio de uma narrativa.
Como aplicar o storytelling
Primeiramente, vamos entender o que está envolvido no ato de contar histórias. Para se contar uma boa história, você deve ter um bom roteiro (mensagem) e saber como contá-lo (forma). Também é essencial que o ambiente onde se passa a história seja bem montado, com a presença de personagens e de forma a atrair a atenção. Aí é que entra o conflito, o desafio, o que motiva o personagem a traçar sua jornada.
Quando falamos em marketing e em vendas, todos esses elementos podem ser trabalhados, seja de forma fictícia ou real, com diálogos e personagens que possam retratar os desafios que o cliente enfrenta no seu dia a dia. E que podem ser solucionados pelo personagem da história.
É importante salientar que histórias bem contadas utilizando recursos audiovisuais geram mais engajamento. Os elementos visuais permitem que o conteúdo seja valorizado e tocam mais a audiência.
Vejam esses exemplos de storytelling, que fizeram a história de algumas empresas:
Airnb
Avon
Heineken
Um estudo importante sobre storytelling, de Joseph Campbell, em seu livro “O Herói de Mil Faces”, mostrou padrões comuns entre histórias conhecidas. Apresentou, assim, a Jornada do Herói, com uma estrutura narrativa um pouco maior que o padrão montado pela Pixar:
- Apresentação do herói: apresentação do herói e do mundo onde vive;
- O chamado para aventura ou desafio: é aqui onde é gerada a conexão com o público, com a apresentação do conflito;
- Recusa ao chamado: momento de hesitação do herói, onde ele sai da zona de conforto. Podemos ver que aqui o herói é humanizado e a conexão com o público aumenta ainda mais;
- Descoberta e encontro com o mentor: algum acontecimento ou simplesmente um mentor chama a atenção do herói para a chamada da ação, a necessidade de agir;
- Aceite ao chamado da ação: o herói decide aceitar o desafio e motiva-se a embarcar em sua jornada;
- Os testes: nesse momento da narrativa, o herói é testado, enfrentando seus medos e encontra aliados e inimigos;
- O ápice da provação: todas as histórias tem um clímax onde parece que o herói será abatido de vez;
- Reviravolta e ressurreição: o herói dá a volta por cima e enfrenta novos desafios, superando-os. Nesse momento, a mensagem principal costuma a aparecer;
- Grand finale: finalmente vencidos os obstáculos, o herói retorna triunfante.
É importante que a narrativa transmita sensações e mensagens positivas. São esses tipos de histórias que são as mais comentadas e compartilhadas.
Em todos os exemplos, existem soluções ao problema apresentado, assim como no marketing e vendas.
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Marcel Castilho é especialista em marketing digital, neuromarketing, neurociência, mindfulness e psicologia positiva. Além de publicitário, também é Master em Programação Neurolinguística. É fundador e proprietário da Vero Comunicação e também da agência digital Vero Contents.