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Growth Hacking é um termo muito difundido no marketing digital. Ele está diretamente relacionado a crescimento e estratégias diferenciadas. E sabemos que crescer é uma tarefa árdua para qualquer empresa, de qualquer tamanho. E o pior, crescer de forma sustentada, sem investimentos astronômicos.
Bolar estratégias de crescimento mensuráveis e escaláveis tornou-se possível com o boom da internet. Portanto, nesse post, vamos falar sobre o que é Growth Hacking e como aplicar no dia a dia da empresa.
O que é Growth Hacking
De imediato, quando olhamos para o termo Growth Hacking, pensamos nos antigos piratas de computador, os hackers, e suas estratégias para burlar e invadir sistemas. Mas o tempo passou e o próprio termo hackear deixou de ser pejorativo, discriminatório. Ligado mais à criatividade e produtividade, hackear acabou migrando para o marketing, principalmente quando falamos em processos de crescimento.
O termo Growth Hacking foi criado pelo empreendedor Sean Ellis, atualmente CEO da GrowthHackers, em 2010. O termo significa, segundo o próprio criador, “marketing orientado a experimentos” e ilustra a constante busca pelo crescimento nas empresas. Sean Ellis foi o primeiro profissional de marketing do Dropbox, um dos cases mais importantes da história do Growth Hacking.
O mais importante é que ele está associado a empresas de qualquer tamanho, principalmente startups e visa o crescimento acelerado do negócio.
Como o Growth Hacking funciona
O Growth Hacking é muito mais uma forma de pensar do que um conjunto de ações específicas. Muitas empresas usaram o conceito, como PayPal, Linkedin, AirBNB, Dropbox e até o Hotmail, entre outras.
Os profissionais que trabalham em Growth Hacking se debruçam em ações inovadoras, baseadas em pesquisas e em experimentos. Utilizando dados analíticos e testes, aplicam pequenos “hacks” que, somados, trazem crescimentos expressivos.
Esses hacks são testados diversas vezes e não são sempre “o pulo do gato”. Para melhor entender como funciona, separamos alguns cases famosos e como as técnicas foram aplicadas.
Hotmail
O primeiro caso conhecido, inclusive é do Hotmail, em 1996. Para escalar seu crescimento, o serviço incluiu uma nota de rodapé em seus e-mails convidando usuários de outros serviços a abrirem uma conta gratuita no Hotmail. Nessa época, só existiam e-mails pagos. Assim, a plataforma atingiu o sucesso rapidamente, conquistando um número expressivo de usuários.
O Twitter passou por problemas de retenção de usuários, que deixavam o serviço após a algumas semanas de uso. Estudos mostravam que usuários que seguiam mais de 10 perfis acabavam aderindo ao serviço, o que levou o Twitter a passar a sugerir novas contas a seguir baseadas nos interesses dos usuários. Dessa forma, o aplicativo voltou a crescer e tem destaque entre as mídias sociais.
AirBNB
Utilizando o serviço “Craiglist”, uma rede de buscas por acomodações, o AirBNB cresceu e montou uma lista enorme de usuários. Quando um formulário o AirBNB era preenchido, poderia ser compartilhado no Craiglist. Para conseguir essa integração, a equipe de desenvolvimento teve que entender o funcionamento do concorrente, já que não havia uma API para integração de ambos. Portanto, o AirBNB cresceu buscando o seu público aonde ele mais estava.
Utilizando perfis públicos e que poderiam ser encontrados em uma busca simples no Google, o LinkedIn acabou fazendo propaganda de si próprio. Outro hack que impulsionou a rede profissional foi convidar grandes profissionais para serem influenciadores da marca. Assim, a união dessas duas estratégias fez com que a plataforma alcançasse rapidamente mais de 200 milhões de usuários.
Dropbox
O Dropbox utilizou dois hacks bastante interessantes para realizar seu crescimento. O primeiro deles está no próprio DNA do produto: a possibilidade de sincronismo em vários dispositivos. O segundo, também centrado no produto, uma plataforma de armazenamento nas nuvens, permitia aos usuários que indicassem outras pessoas mais espaço de armazenamento.
Tinder
O principal hack do Tinder também está diretamente ligado ao DNA do aplicativo. O fato das buscas serem em um raio próximo ao usuário fez com que ele se tornasse muito mais atrativo e crescesse rapidamente.
No início do aplicativo, os fundadores organizaram festas em que o ingresso era a instalação do aplicativo. Foi uma forma muito bacana de mostrar a que veio a empresa. Dessa forma, propiciaram a demonstração do aplicativo em tempo real para seus usuários, que espalharam a notícia na região e iniciaram a popularização do Tinder.
E como aplico Growth Hacking em minha empresa?
O primeiro passo é criar um time que se dedique especificamente à tarefa. Esse time pode começar otimizando processos que já existem, testando formas de melhorar os resultados já existentes. Fazer o básico bem feito já é uma ótima forma de começar.
A partir daí, usar os principais cases como inspiração é uma ótima forma de explorar o conceito. Afinal, esses métodos já foram testados e podem ser aperfeiçoados para a realidade de cada empresa. A ideia, evidentemente, não é copiar os grandes cases, mas eles servem como base para aplicação em empresas de qualquer tamanho.
O mais importante é que o Growth Hacking, após sua aplicação, seja adotado como parte da cultura da empresa. Como em todos os processos, existe um momento em que a curva se estabiliza e aí o time deve tentar novas formas para a retomada do crescimento da empresa.
E, como costumamos falar por aqui, é sempre importante avaliar e evoluir em todos os passos, testando e aperfeiçoando metodologias, recursos e processos. Portanto, defina KPIs para seus projetos de Growth Hacking e analise sempre os resultados.
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Marcel Castilho é especialista em marketing digital, neuromarketing, neurociência, mindfulness e psicologia positiva. Além de publicitário, também é Master em Programação Neurolinguística. É fundador e proprietário da Vero Comunicação e também da agência digital Vero Contents.